SENHOR DA ESCRAVIDÃO
Pensavas que gostava de ti
desinteressado
ingénua que tu és
ó minha amada
Venerava-te, é certo
por interesse
na ambição de consumir-te
d'empreitada
De tomar o teu corpo
a meu cargo
e só deter-me
quando ele fumegasse
De deixá-lo ressequido
mesmo amargo
ainda que ele
protestasse
E não olhar a meios
nem desígnios
para sorver o teu pólen
a tua seiva, a tua hera
Penetrar bem fundo
no teu âmago
ir até aos confins
do Infinito
Como se houvesse
um outro mundo
onde não pudesse deixar
de ser proscrito
Pensavas que gostava de ti
desinteressado
ingénua que tu és
ó minha amada
Sabes que me deliciava no teu corpo
me saciava na ideia de o ter
nada mais fazer
do que dispor
Mas sabes que dele ficava um travo
mais amargo do que tu possas saber
um ligeiro paladar chamado amor
que me transformou em teu escravo
[aliás, Luís Graça]
De Boas Erecções Está o Inferno Cheio
quinta-feira, setembro 25, 2008
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3 comentários:
Verdadeiramente profundo!
É do Dick Hard!
só mesmo o amor para tb poder trair...neste caso, ainda bem pk pela descrição, ter-se alguém p consumir e deitar fora, servindo-se da ingenuidade (algo mt habitual, infelizmente), não é bom...
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