domingo, setembro 14, 2008

Antologia Improvável #330 - Isabel Cristina Pires

MAR MORTO

O dia nasceu como um mar morto.
Sem que o barro cantasse. Sem perfume.
Sem que a luz fizesse piruetas de alegria.

Estou dentro de uma hora há mais de um mês,
num lúcido verdete adormecido.
Quero olhar pela janela e não consigo,

só ouço o som do tempo contra a margem.


Deserto Pintado

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