O rio parecia vir de nenhures e correr para nenhures. Fluía no vazio. Deste navio, às vezes, saíam canos e homens com lanças nas mãos que invadiam dum momento para o outro o pátio do posto. Vinham nus, dum negro reluzente, eram perfeitos de membros e usavam adornos de conchas brancas e fios de latão ao pescoço. Falavam num blá-blá estranho e gutural, caminhavam com altivez e lançavam com aqueles olhos espantados e sempre em movimento olhares rápidos.
«Um posto avançado do progresso»,
Histórias Inquietas
(tradução de Carlos Leite)
2 comentários:
É excelente, o Conrad!
É formidável!
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