segunda-feira, abril 21, 2008

caderninho

Da vida que é suposta ser nossa, nem sequer a morte nos pertence porque nem ela afinal nos diz respeito. / Também o que morre é sempre outro. / Aliás, se alguma coisa a vida nos ensina é que ninguém quer morrer, nem aqueles que se suicidam. Marcello Duarte Mathias
O Destino Velado

7 comentários:

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

morrer é partir...já não está lá, como pode SER?

sobre as outras cogitações, num sei..num sei..vou pensar! Esse aí está a tentar baralhar-nos ;-)

Ricardo António Alves disse...

Eu acho, Júlia, que quando morremos, já não somos -- mesmo quando nos suicidamos...
Um abraço.

Anónimo disse...

É uma boa discussão esta, quando muitos querem e aprovam, eu incluída desde que para os outros, a eutanásia.

Não acredito em grande coisa, mas penso que os suicidas não desaparecerão com tanta facilidade. São capazes de se ficarem espantados por tanta facilidade.
mas sim, quando morremos já não somos, e não acredito que todos os que suicidam não queiram morrer.

Sofia K. disse...

Quando morremos deixamos de 'ser', passamos a 'ter sido' isto ou aquilo, mas não somos mais e deixamos de nos pertecer.

Será?

beijinhos

Ricardo António Alves disse...

Marta: falou na eutanásia e recordou-me o que se passou há pouco em França, com aquela pobre senhora, uma selvajaria inaudita. Como pode o estado arrogar-se o poder de decidir -- em circunstâncias-limite, identificáveis e tipificáveis -- se me posso ou não matar, desde que existam pessoas suficientemente misericordiosas para me auxiliar?...
Quanto ao suicidas, às vezes sucede que não nos queríamos mesmo suicidar, apenas chamar a atenção. Só que algo correu mal, e matámo-nos mesmo...

Sofia: pois é, passamos a pertencer aos nossos, que é ainda uma forma de existir para além da morte...
Um abraço.

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

pois, foi isso que eu quis dizer, pelos vistos disse-o mal :-(

ou não me entnederam..