Abencerragem: E agora?

quinta-feira, dezembro 27, 2007

E agora?

Benazir Bhutto

(foto: afp/Le Soir)

5 comentários:

O Réprobo disse...: Claro que foi uma canalhada, mas ela não era esperança senão para os habituais vassalos e para os americanos: o governo dela foi, por duas vezes, um mar de corrupção, compadrio e ineficácia.
Mas claro que nada disto justificava o atentado e, embora no curto prazo não esteja pessimista, tenho muito medo de pensar para onde migrarão muitos adeptos da família.
Abraço; 7:08 da tarde
vieira calado disse...: E agora? Procura-se quem está por detrás disso. Mas a senhora já morreu. E é difícil encontrar outra como ela.
Um abraço; 10:10 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Eu tenho é medo dos madrassos.
Abraço a ambos.; 1:00 da manhã
estrelicia esse disse...: A criação de um Estado moderno nesta ex-colónia britânica deve ser um caso bicudo para não dizer insolúvel. A Commonwealth, já por isso, lavou as mãos do assunto, quero eu dizer, retirou-se mesmo a tempo. Agora acho que devíamos parar um bocado, chorar os mortos e lamentar a estupidez humana.; 9:02 da manhã
Ricardo António Alves disse...: Não há remédio para a estupidez humana.; 11:59 da tarde

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.