E frágil de corpo, enfermiço, não deixava nela a dor fascinante do esmagamento, a violência sedutora de ter ido na dianteira dum vendaval irresistível. Sim, era ardente no amor, vibrante, sedento das horas infinitas que se não contam. Mas largava-a insatisfeita, intacta na sua ansiedade, inquieta e aterrada perante o deus que descia à terra e regressava ao seu trono de nuvens sem deflagrar o milagre.
Ida e Volta duma Caixa de Cigarros
2 comentários:
ora aqui está uma escritora que eu adoraria conhecer melhor. só li contos e achei-os deliciosos:)
Há duas reedições na Parceria, o resto só nos alfarrábios...
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