Retenho da entrevista de Zita Seabra à RTP, a propósito das suas memórias, apresentadas hoje, a ausência de uma atitude de autojustificação do percurso como militante e dirigente do PCP. Zita assumiu-se como uma militante disciplinada, sectária, fanática, que através dum doloroso processo de ruptura acaba por pôr em causa as ideias por que se bateu, classificando-as como erradas na sua essência. Todos quantos estávamos de fora sabíamos que assim era; os que convictamente lá militavam, não viam nem queriam ver. Ela o disse, referindo-se a si mesma, e assim vale(rá) a pena ler o que se assume de um passado, com todos as luzes e sombras. O período do PREC será de certeza interessantíssimo, para ver onde acaba a acção dos grupúsculos da extrema-esquerda e como esta se integra na (ou aproveita a) estratégia do PCP. Só espero que o estilo seja escorreito, ao contrário de alguns dos seus ex-camaradas, que escreveram memórias nos moldes de um relatório, como se fose uma espécie de informe ao c.c....
quinta-feira, julho 05, 2007
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