AMÉRICA
Brave new world encantador de franquias corrosivas
na mala-posta do desleixo
Não foi excessivo o som eléctrico de 1968
Bastou o canto inacabado de rapariga sofrida nos melancólicos campos do sul
Lara lá laralálá laralá laralálálá
Me and Bobby Mcgee
Vamo-nos encontrar afáveis
Perigosamente feridos como epílogo
In «Aracnismos», Bíblia, nº 12
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2 comentários:
Quem é este gajo? E porque escreve ele «vamo-nos encontrar» em lugar de «vamos encontrar-nos»? Please...
Toma lá mas é o meu último poema para veres o que é bom :)
Falamos da morte.
De como se parte o sopro que nos unia//
a esta tão frágil, vívida fantasia.//
Um último passo, leve, despercebido,//
nos aproxima da terra e do seu sentido.//
Falamos de como pouco tanto sabe//
e tanto sabe a tanto antes que acabe.//
Da nossa voz tornada eco na memória//
de quem fugaz partilhou a mesma história.//
Falamos da vida. Imensa e clara,//
seja ela a da formiga ou da cigarra.//
Do amor, da alegria, da certeza,//
de uma familía partilhando a sua mesa.//
Tudo o que temos está aqui e está agora.//
Tão vivo está quem ri como quem chora.//
Falamos de nós, centelhas de luz//
batendo asas por aquilo que reluz.//
Fechando o medo na gaveta do segredo,//
correndo o dia, escondendo o medo.//
Quando afinal bastaria descansar//
de mãos dadas respirando junto ao mar.//
Um só fôlego, uma única tarde.//
Que nada existe tão mais perto da verdade.//
O Abencerragem é tão afortunado que recebe poesia vintage na caixa de comentários da sua Antologia Improvável ;)
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