segunda-feira, outubro 17, 2005

Antologia Improvável #64 - Joaquim Gomes Mota

MALAGUENHA

Noite, ampla viola e madrugada
Que o silêncio guarda e amadura,
Voz sem garganta, voz escura,
Que sonha em tudo sem pensar em nada.
Que mão caiu assim já tão cansada,
Que ao cair feriu com essa estranha
Palavra a boca, larga malaguenha
Corda sem som de dor já desplumada!?

Barcelona, 1944
Pássaro Azul

5 comentários:

lebredoarrozal disse...

muito bonito

João Villalobos disse...

Realmente é. Mas o que quer dizer despulmada? Sem pulmão? O meu léxico não chega a tanto...

Ricardo António Alves disse...

Atenção!
João!
Rectificação!
Obrigadão!

João Villalobos disse...

Assim sim. Era de facto a minha outra opção de sentido. Não tens de quê. O bom leitor é o leitor atento :)

Ricardo António Alves disse...

Grande leitor!