VISITAÇÃO
Quando morreste, voltei-me para o silêncio
(riam-se os deuses, de mofa, com certeza)
e prometi-te que nunca mais pecava...
Silêncio: claustro de distâncias infinitas,
por onde um monge vai, em penitência,
curvado, mas levantando um círio ardente
que lhe desvenda a noite:
chão de pedra,
nas margens dos capitéis, mortos nas ervas,
e dos votos, rasgados, entre as sombras.
Oh minha mãe, falhei, mas amanhã
eu partirei de novo para a tarefa...
É tua, ao menos, essa ingenuidade.
O Anjo Tutelar / Poesia (Quase Toda e Até Agora)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário