terça-feira, janeiro 25, 2022

três razões simples pelas quais este governo não merece confiança: a arrogância, a contaminação pelo politicamente correcto, a subserviência aos Estados Unidos

Embora reconhecendo o esforço no combate à pandemia, em que dificilmente outro faria melhor, o que não é de somenos, há três grandes razões para pôr este governo na rua

1- As decisões relativas ao novo aeroporto, à exploração do lítio e agora aos painéis fotovoltaicos, em que se tomam decisões gravíssimas por cima das populações, fechando acordos com os grandes interesses privados, revelam que o governo de António Costa é contra as populações, portanto, antidemocrático e arrogante. Sinais dessa arrogância, a atitude enfadada de irresponsável do ex-ministro da Administração Interna ou (ainda do executivo anterior) a tentativa de passar o Infarmed para o Porto, para fazer um bonito político, e os trabalhadores que se amanhassem e mudassem de casa, de vida, de família. A arrogância do Poder é um dos graves defeitos dos governos de Costa.

2- A rendição, quando não a cumplicidade, a aberrações como a ideologia de género, procurando inculcar nas crianças um chorrilho de alarvidades de moda, e pior: com um membro do governo, um palerma dum secretário de Estado, que se entreteve em perseguir uma família e os alunos, e que há muito deveria ter sido demitido. Como se agora fossem os governos, com as suas políticas oscilantes, que pudessem determinar a formação das crianças, sobrepondo-se às famílias. Queriam reprovar os rapazes, foram obrigados a meter a viola no saco, porque são cobardes e as suas convicções são as do momento. Não interessava nada, à beira de eleições, arranjar um trinta e um com um sector conservador (ou apenas de bom senso) da sociedade e com a Igreja Católica.

3- A subserviência patética em relação ao belicismo do complexo militar-industrial americano. A figura triste ministro dos Negócios Estrangeiros (já desde a farsa do alegado presidente legítimo da Venezuela, em que ficaram pendurados com o menino na mão, numa falta de compostura institucional que brada aos céus), e na substancialmente (embora não politicamente) irrelevante atitude de assentimento bovino em face da ofensiva contra a Rússia, apenas porque o Estados Unidos ordenaram e nós obedecemos. Não desconheço as nossas contingências geopolíticas, mas há várias maneiras de se estar, umas dignas, outras não.

Três razões que me fazem ardentemente desejar já não de mandar o governo para a rua, como antigamente se fazia, pois já lá está; mas de não voltar a deixá-lo a entrar. E que venha o próximo. 

2 comentários:

Antonio Lourenço disse...

Será que o Rio fará melhor? Não acredito nem um bocadinho, e tenho pena que acredite nisso

R. disse...

Obrigado pelo comentário. Eu como por natureza me sinto mais próximo do pretenso ideário do PS do que do PSD, que não tem ideário nenhum, desculpabilizo menos o primeiro. É como quando alguém da cultura abraça a pasta e faz de verbo de encher: tem mais responsabilidades do que a burocrata que lá está.

São duas personalidades diferentes. Vai fazer diferente, e talvez pior. Mas a questão não é essa. É para mim intolerável que um partido que se diz socialista demonstre o desprezo que tem demonstrado pelas populações (lítio, painéis fotovoltaicos, aeroporto), para não falar das pessoas em concreto (Infarmed, Omeniuk...)

Quanto a irem para as escolas dizerem às criancinhas que tanto faz terem pirilau ou pipi, que façam isso na família deles e deixem as outras em paz. E, portanto, se a direita ganhar, estou à espera que acabe com estas misérias, e que um secretário de Estado qualquer não se sinta com poder para tentar perseguições.

Finalmente, a política externa. se vier a direita, vai estar alinhadíssima com os EUA; mas também não está o governo do Costa?