segunda-feira, janeiro 03, 2022

diário de leitura

«É o caso que o meu amigo António Fróis, antes de partir para Helsinki, onde foi pôr-se ao lado dos finlandeses (este não se nega a combater na Finlândia), e na previsão de qualquer desenlace desastroso, deixou nas minhas mãos um grande número dos seus poemas, confiando-me também o encargo de os publicar, se o considerasse oportuno.» 

Jaime Cortesão, carta a Luís da Câmara Reys, Biarritz, 6-III-1940 (13 Cartas do Cativeiro e do Exílio (1940), edição de Alberto Pedroso)

Este António Fróis, autor de Missa da Meia Noite (Lisboa, Seara Nova,1940), era o próprio Cortesão a fazer de Eça e Fradique. Fróis estava a combater os soviéticos na Finlândia, que levaram que contar dos finlandeses. Stálin já tinha purgado a tropa, receoso das altas patentes, sátrapa a olhar para a sombra. Alberto Pedroso informa que Câmara Reys não fazia ideia de que Fróis era um alter ego de Cortesão.


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