quarta-feira, outubro 07, 2015

Espero não estar a lançar foguetes demasiado cedo

nem a contar com o ovo no rabo da galinha por parte do BE, mas parece-me que há uma genuína vontade de entendimento na esquerda parlamentar maioritária. As declarações dos dois líderes à saída da sede do PCP indiciam-mo. Nem o país perceberia que não se fizessem todos os esforços nesse sentido. A aspiração da rua fez-se ouvir durante a campanha.
Por outro lado, António Costa, agora já sem a plastificação artificiosa da campanha eleitoral é o secretário-geral certo no momento certo. A delegação à Soeiro Pereira Gomes foi de grande agudeza política: Carlos César, presidente do PS; Pedro Nuno Santos, elemento da ala esquerda do partido e um dos mais acerbos críticos da troika; finalmente, Mário Centeno, o coordenador do programa económico apresentado antes das eleições, que, por sinal, tomava notas com afã.
Há razões para ter alguma esperança.

Em tempo: vi depois, numa outra estação, também Ana Catarina Mendes, um dos melhores quadros políticos do PS, que nas eleições de domingo encabeçou a lista vencedora por Setúbal.

2 comentários:

Jaime Santos disse...

Encabelou? A Ana Catarina Mendes é tudo menos só cabelo, Ricardo ;-) !

Ricardo António Alves disse...

Oh, bolas! Vou já emendar (sobre a ACM diria que sob o cabelo há grande personalidade -- obrigado pelo reparo!)