O AMOR ANTIGO
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Amar se Aprende Amando
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6 comentários:
Que beleza no dizer tinha este magnífico poeta!
Às vezes penso, é verdade, que o amor antigo é o melhor :)
...e as Boas Festas da Lulu, ali ao lado... adoráveis.
Boas Festas!
Abraço.
É verdade, um grande poeta, mesmo neste livro menor, de poesia de circunstância, em que se encontram coisas como esta.
Um abraço.
Grande Árvore de Natal, Ruela <:)}
O titulo não bastará para definir o Amor?!
É isso mesmo: "Amar se aprende Amando". Simplesmente!
É o saber de experiência feito.
Nem sei o que lhe dizer, Fátima...
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