Abencerragem: caderninho

sábado, fevereiro 21, 2009

caderninho

ARQUITECTOS -- Todos uns imbecis. Esquecem-se sempre das escadas dos prédios. Gustave Flaubert

Dicionário das Ideias Feitas (tradução de João da Fonseca Amaral)

7 comentários:

Marie Tourvel disse...: Ricardo, querido, sou engenheira, portanto suspeita. ;) Mas em minha época de universidade, nós engenheiros, tínhamos uma definição para arquiteto (já vou avisando que é uma brincadeirinha): O arquiteto é aquele que não foi homem suficiente pra fazer engenharia e nem pirobo o bastante para ser decorador. :)))))

Ah, Flaubert sempre tem razão. ;)

Beijinhos; 12:29 da manhã
Ana Paula Sena disse...: :):):)

Ironia! Talvez ausência de um certo sentido prático que faz sempre muita falta. E não é assunto menor!

Um bom domingo, RAA

Ah... e bom Carnaval também :); 2:21 da manhã
Lina Arroja (GJ) disse...: Mas Marie, quem executa é o engenheiro e se a escada não está feita a cabeça de tijolo é do engenheiro ou do arquitecto?.:)); 2:44 da manhã
Ricardo António Alves disse...: Ah ah, Marie, suspeita e engenheira -- algo que eu estava longe de suspeitar .|
Enfin, mesmo com ironia, Flaubert tinha por vezes razão. Sei de alguns esquecimentos.
Também para si.

É verdade, Ana Paula, um mestre da ironia :|
Divirta-se!

Grande Jóia, uma coisa é certa: nós, homens de letras, só corremos o risco de nos esquecermos dos acentos :|; 3:43 da manhã
Marie Tourvel disse...: Mas aí é que está Grande Jóia, querida. O arquiteto sonha, faz o projetinho, aí o engenheiro vê a burrada e conserta. E projeta e calcula a escada, óbvio. :)))))

Só para constar, sou engenheira mecânica, tá? Mas não exerço, não. Foi-se o tempo de meus cálculos para projetos. Hoje só calculo taxa de juros, que por sinal aqui no Bananão anda pela hora da morte. ;)

E eu amo Flaubert, Ricardo. ;)

Beijos a todos; 10:36 da tarde
-JÚLIA MOURA LOPES- disse...: concordo com Flaubert, os Arquitetos são uns teóricos, mas necessários. Mas a Teoria é tão necessária como a Prática.
Tenho 3 familiares engenheiros, pensam como Marie,só querem a assinatura do Arquiteto, o resto, amanha-se.
No nosso país,no sector do cimento a máxima é outra. "O sr. Arquitecto sabe, mas o dinheiro é meu, portanto a minha a última palavra" Assim, não vamos a lado nenhum...; 7:26 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Mesmo assim, Júlia, temos grandes arquitectos e engenheiros, felizmente. Estou a lembrar-me, quanto a estes, do grande Edgar Cardoso, autor (entre muitas outras) dessa magnífica ponte ferroviária que vocês têm aí no Porto.; 9:54 da tarde

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.