O ano a chegar ao fim, e reposto aqui o melhor de «Outros tons», pois nem tudo é riff.
«A morte saiu à rua», concerto de despedida de José Afonso no Coliseu. A morte saíra há rua sob a forma de pide, para abater o pintor Dias Coelho. Um grande momento da obra do nosso maior trovador. Postado em 1 de Janeiro.
Luís Cília na Catalunha, cantado um tema da década de sessenta, «Sou barco». Versos do historiador António Borges Coelho, escritos na prisão de Peniche. Com uma abraço à Minucha, que comentou. Postado em 21 de Abril.
Não sei se repararam, mas a chamada música de intervenção foi o que de melhor se fez neste país como sonoridade urbana. O fado interessa-me como música étnica em renovação; há boa música ligeira e de variedades, mas acrescenta pouco. E depois há produtos industriais informes, vendidos como música, mas que o não é.
Sérgio Godinho, «Domingo no mundo». Ou como se faz música de intervenção sem se ser panfletário. Postado em 31 de Maio.
4 comentários:
Completamente de acordo em relação à sonoridade da música de intervenção. Luís Cília é um excelente exemplo que ficou semi escondido pela música de José Mário Branco.
É curioso, nunca tinha pensado nessa possibilidade de semi-ocultação do Cília pelo JMBranco...
Os dois chegaram a Lisboa na mesma altura. Luís Cília não se tornou popular como o JMBranco pela sua menor exposição política e também porque lhe faltava não a gola alta mas o bigode...
Ah!...
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