Estava tudo para acontecer ainda, quando lias o Diário de Lisboa, nesse tempo em que o herói das tiras era o Tio Carlos. As inundações de 67, o sismo de 69, o 25 de Abril de 74.
A vida já era complicada, mas eu não lhe ligava muito.
A vida é complicada e eu não lhe ligo nada. No fundo, só me apetece pegar de novo no Diário de Lisboa e ir à procura de mais uma aventura do Tio Carlos.
terça-feira, maio 27, 2008
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5 comentários:
Nunca fui leitora do "Diário de Lisboa", de maneira que desconheço completamente quem é esse Tio Carlos. Mas deve ter sido uma personagem simpática. Qualquer dia vou até à Biblioteca para ver se descubro quem é.
Caro Ricardo, as inundações foram em 1967 (Novembro).
Eu entrei para o "Diário de Lisboa" em 1968 (Fevereiro) e estava lá no sismo de 1969 e em 25 de Abril de 1974, mas lamentavelmente não me lembro do Tio Carlos.
Aquele abraço.
O Diário de Lisboa foi durante décadas o melhor jornal português, desde o tempo de Joaquim Manso, em 1921 (não é, Torquato?), até ao 25 de Abril. Depois enfeudou-se um bocado ao PCP, mas conseguiu manter a aura com alguma dificuldade. O Mário Mesquita e a Diana Andringa pegaram nele já no início dos anos 9o,e fizeram de novo do DL um grande jornal. Tão bom que não se aguentou...
O Tio Carlos, Estrelícia e Torquato é o nome português duma personagem de comic strip americana (tenho de procurá-la).
Era um velhote simpático, baixote, com um farto bigode de grandes guias. Ainda não se lembra, Torquato? Eu, que em 68 tinha quatro anos, ver essas tiras, ao lado do meu pai...
Torquato, entrou no DL após a saída do Norberto Lopes e do Mário Neves?...
Um abraço a ambos.
Sim, entrei para o "Diário de Lisboa" nessa altura. A redacção - em que, durante largos anos, não houvera admissões... - ficou de repente desfalcada, porque vários jornalistas saíram para fundar "A Capital".
Outro abraço, caro Ricardo.
Com inveja, é claro, dos seus quatro anos em 1968. Onde eu já ia então...
Uma situação parecida ocorreu comigo. Estive no «Se7e» -- apenas um ano, aproximadamente --, porque o «Europeu» também andara a recrutar nas redacções, e a pagar bem...
Um grande abraço, caro Torquato.
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