sábado, maio 17, 2008

chuva

e havia
aquelas tardes de
outono quando
a chuva aparecia
sem avisar a praia
convidava ao puro
repouso sem outra
coisa em mente que
não o escorregar da
areia por entre os
dedos à cadência de
cada onda a
estatelar-se com
estrondo


ficávamos
por ali, indiferentes
à moinha, gratos
pelo que a vida
nos dava, sem
pedir nada em
troca

4 comentários:

Anónimo disse...

E a tomar banho, porque sempre que aparecia a chuva o melhor de tudo era estar na água.

Que boas lembranças me vieram!

Ricardo António Alves disse...

Ainda bem que gostou, Minucha. Obrigado.

Huckleberry Friend disse...

Belo poema, Raa... estou a fazer as malas para um fim-de-semana grande e cheira-me que as tardes primaveris que me esperam não hão-de ser muito diferentes das tuas outonais. Abraço!

Ricardo António Alves disse...

Obrigado, Huckleberry!
Era bom ter também de volta a candura delas...
Abraço.