LÍNGUA PORTUGUESA
Última flor do Lácio, inculta e bela,
és, a um tempo, esplendor e sepultura:
ouro nativo, que na ganga impura
a bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura,
tuba de alto clangor, lira singela,
que tens o trom e o silvo da procela,
e o arrôlo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
de virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
o gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Tarde
terça-feira, outubro 23, 2007
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2 comentários:
uma pergunta fora do contexto: de onde vem tão raio de estranho nome? tenho vários na minha familia afastada
Mo, não faço ideia! Será checo?
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