segunda-feira, maio 08, 2006

Homem ao mar

No vale onde me encontro
ouço os sinos das igrejas
a darem as horas certas.

O vento é o meu nevoeiro,
o badalar é o mugir do meu farol.

Homem das cidades marítimas,
sinto o cerco dos montes, dos penedos, da floresta.
Sei que há lobos,
javalis escondidos,
cavalos selvagens pastando solitários.

O pio nocturno da coruja
não me deixa esquecer onde estou.

Agosto de 2000
Seis Composições Outonais

6 comentários:

João Villalobos disse...

Bom! Mas quanto ao conteúdo, vê-se que não foste escoteiro ;)

Abraço,

Ricardo António Alves disse...

Condesso: o meu escutismo prende-se mais com escutar o outro Baden Powell... :)

João Villalobos disse...

Ah, ah! Essa foi boa!
Mas não escrevas com «u». Esses são os escutas católicos do CNE. Os originais são os da AEP, que admitem todas as confissões religiosas e se escrevem escoteiros, com «o», como escotismo. Bem sei que a tradução de scouts seria mais correctamente escutas, mas tradição é tradição :)
Abraço

Ricardo António Alves disse...

Sempre alerta!...

lebredoarrozal disse...

finalmente descobri a diferença entre escuteiro e escoteiro.:)
obrigada.

Ricardo António Alves disse...

...foi, de certeza, um lobito em novo!