A DIGNIDADE DA ALMA E VAIDADE DA VIDA
Quem pudesse mostrar o que tem na alma
Pera desenganar em tudo a vida!
Mas não sinto ninguém que trate da alma,
E todos a esperança põem na vida.
O Céu é verdadeiro lugar da alma,
E à terra basta dar-lhe o corpo e a vida,
Pois não podem ter fim os males da alma,
E passam, como sombra, os bens da vida.
Se queremos saber o preço da alma,
Vejamos que pôs Deus por ela a vida,
E viveremos nEle, Ele em nossa alma.
O mundo é sonho vão que enleia a vida.
Quem nele está melhor, tem pior alma,
E quem o desprezou, tem alma e vida.
Poesias Selectas
(edição de Augusto C. Pires de Lima)
sexta-feira, maio 26, 2006
Antologia Improvável #133 - Frei Agostinho da Cruz
Etiquetas:
Augusto C. Pires de Lima,
Frei Agostinho da Cruz
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