Não tive o benefício de conhecer Ruben de Carvalho, embora lhe deva alguns momentos da minha vida de Baden Powell aos Dexy's Midnight Runners, passando pela única ocasião em que vi cantar o Adriano Correia de Oliveira, único e inexcedível. Tive algum pudor em escrever mais um obituário, mas ontem ao deitar-me, ouvi-o nas suas «Crónicas da Idade Mídia», num programa que creio não ser repetição, antes um póstumo... E falava do Pete Seeger, que também trouxe, e que vi no velho Pavilhão dos Desportos (no Ao Vivo em Lisboa também lá está gravada a minha voz a entoar o We Shall Overcome e o Guantanamera) -- falava do Pete Seeger com uma fluência, um gosto e um saber que saboreei como se fora a primeira vez que o ouvisse. E, portanto, resolvi deixar-me de pruridos sem sentido; e já que de dívida se trata, de mim para com ele sem que nos conhecêssemos, aqui cumpro para comigo mesmo o meu dever de registar.
(imagem daqui)
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