Ensaísta, crítico e também diarista, ao lermos a reunião dos seus ensaios em volumes como O Escritor e a Cidade, Galeria de Retratos ou O Espírito da Letra ou ainda sínteses modelares como O Essencial sobre Camilo Castelo Branco, verificamos que ele pertence àquele grupo de autores, que não é multidão, que tem a literatura como alimento espiritual (não exclusivo, é certo) e paixão, que a serve em vez de dela se servir. Era o maior camilianista vivo; e a escritores, como Carlos Malheiro Dias, João de Araújo Correia, Francisco Costa ou Tomás de Figueiredo, entre muitos outros, deu o brilho da sua inteligência e a elegância do seu estilo.
Entre nós, alguns encontros, após aquele primeiro em que, já não sei porquê, evocámos a função salvífica dos sonetos do Shakespeare na vida periclitante de Stefan -- herói do Bosque Proibido, do Mircea Eliade --, numa circunstância dramaticamente incerta.
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