AMOR.
Chegas, trêmula vens, quase chorando.
Parto, pálido vou, quase sorrindo.
Desejas-me e procuras-me, chegando.
Adoro-te e bendigo-te, partindo.
Meu duro coração torna-se brando
Mal te adivinha o corpo esbelto e lindo.
Porque me queres vives-me buscando...
Porque te quero vivo-te fugindo...
Mas um dia um acaso. Frente a frente
Nós dois: tu, comovida e enamorada,
Eu amorosamente aflito e mudo.
E nesse doce idílio, de repente,
As nossas bocas não nos dizem nada,
Para que os nossos olhos digam tudo.
Baú de Couro
sábado, abril 04, 2009
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4 comentários:
Que bonito. Não conhecia.
Ainda bem que gostou, Rose. Ele era daí, de Santos.
Bonito poema. É de Santos? Tantas coisas que não conheço, que não sei...
:)
Então e eu, Marie? :(
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