sexta-feira, julho 11, 2008

O mundo que vem da tua ternura inatingível / será sempre um mundo fraco
Mário Dionísio

4 comentários:

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

gosto de Mario Dionísio...
fico a pensar na frase que é estranha,,

lembrei do poema "Quase" é belissimo, por exemplo.

Ricardo António Alves disse...

Eu também gosto, mas menos desta fase, porém. É o dístico inicial de «Estarei sempre lá fora», do seu primeiro livro «Poemas» (1941). O fervor revolucionário e bolchevique era muito, então. Vinha ainda longe a dissidência, o Relatório de Kruchev sobre os crimes de Estaline, dissidência confirmada por Budapeste 56 e a lógica ruptura com Cunhal (além de camaradas, eram amigos).
Enfim, são dois versos fortes, com os quais , versos e poema, não me identifico minimamente. O esquema mental é totalitário, desse totalitarismo que permitiu os crimes de que o próprio Dionísio se afastaria.

Anónimo disse...

Também gosto de Mário Dionísio
A estes dois versos descontextualizados, vejo-os assim:

Enquanto o Mundo não atingir a tua ternura (feminina), será sempre um mundo fraco

Gosto de descontextualizar

Ricardo António Alves disse...

Aí está uma excelente descontextualização...