Achei sempre um piadão ao Alberto João (a rima atesta a veracidade); lembra-me muito um velho bêbedo cá de Cascais, o Marcial, que só não digo que Deus tem, porque ele próprio se dizia Deus. Nós, os miúdos, espicaçávamo-lo e tumba!, ora se punha a lançar anátemas, ora em pregação, agarrado a um grande crucifixo que trazia ao pescoço, ou levantava enigmaticamente os olhos para o céu -- não para pedir por nós, uma vez que ele era Deus e, portanto, tudo podia. Tinha uma carinha rechonchuda, assim do tipo do conhecido madeirense.
Quanto ao Jaime Ramos, naquela festa foleira do Chão da Lagoa, recordou-me um ser que nunca vislumbrei pessoalmente, um espectro cuja lenda chegou até aos dias de hoje. Era um característico, um atrasado mental que por 5 tostões emitia ventosidades com estrépito pelo ânus -- o vulgar traque. Como o Jaime Ramos é um especialista em retretes, está explicada a associação espúria.
Agora o PDS nacional (segundo o Público de hoje) e o comandante Azevedo Soares -- que até foi candidato à presidência cá do burgo -- a fingirem que não é nada com eles, pois é..., pois é..., e tal, estamos numa democracia, a expressão é livre, há que respeitar, e patati e patatá... Com franqueza, se isto não é um partido de mariconços!...
2 comentários:
Também me lembro do famoso grito: «Marcial, Rei de Portugal»! E do cão rafeiro que rosnava de cada vez que alguém se aproximava dele :)
Abraço pela memória parilhada.
No fundo, somos os seus apóstolos... :D Abraço.
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