BUENA-DICHA
Que milagre de voz! Que feiticeira,
Aquela voz de timbre matutino!
-- E o seu corpo, ondulante e pequenino,
Que bendito grilhão prá vida inteira!
Linda cigana!... Um dia, numa feira,
Por desgraça, quis ler o meu Destino,
Desde então, vivo preso ao sol divino
Desse olhar de morena Aventureira.
Pôs-se-me a ler, cantando, o meu Passado,
E o meu Presente, alegre e descuidado...
-- Mas súbito, fugiu, de olhos no chão...
Cigana! Feiticeira! Não quiseste
Ler-me toda a verdade: -- Tu não leste
Que o meu «Destino» foi na tua mão!
Rosário de Gente Humilde
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