A propósito da guerra na Ucrânia entre a Rússia e os Estados Unidos, há comentadores que me recuso a ver e ouvir. Um deles é o serafim saudade do comentário, que faz de palhaço pobre na parelha com Nuno Rogeiro; outra, é uma picareta especializada, diz-se, não fui ver, em cultura russa. Quanto a Diana Soller, mais ponderada e menos picareta, guardo alguma pachorra ainda, mas de vez em quando estampa-se fragorosamente. Ontem, a propósito dos dois grandes blocos que se estão a formar, enquanto perorava sobre a malignidade e bonda de uns e outros, siu-se com qualquer coisa como isto, acho que no jornal da meia-noite da cnn, e que cito de cor: Desde o fim da Guerra F, ao contrário da Rússia & outros, a política externa dos Estados Unidos tem-se pautado pela moralidade nas relações com outros estados. Disse sem se rir, e talvez acredite mesmo no que está a dizer. uns beneméritos da democracy, estes americanos, bonecos do complexo militar-industrial.
Como ninguém precisa de recordar-lhe o que foi a invasão do Iraque -- a história inventada das armas de destruição maciça -- quanto milhares de mortos inocentes?, quantas famílias destruídas? quantas crianças, pela voragem do saque?... -- a senhora ou acredita no que diz, ou tem esta página de sangue bem recalcada, o que lhe permite dizer enormidades.
Quanto à moderadora, que parece poder fazer muito melhor do que o papel de porta-voz dos media manipuladores, fora muito lesta, cerca de meia hora antes a observar ao major-general Carlos Branco -- quando este punha em causa a veracidade dumas declarações atribuídas a Zaluzhnyi -- dizendo que não se podia quesytionar a veracidade das "notícias" veiculadas, entre as quais a Reuters, já a propósito do dislate de Diana Soller, esqueceu-se de ser jornalista, confrontando a comentadora sobre como harmonizava o que acabara de dizer (a moralidade da acção política externa dos EUA) com a criminosa mentira que foi a guerra do Iraque. Mas isto é o pão nosso merdiático de cada dia
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