terça-feira, abril 16, 2013

a propósito do Prós e Contras de ontem

Faço lá ideia se devemos sair do Euro ou nele ficar, nesta União Europeia tràgicamente em pré-coma! A estratégia parece ser: esperar pelas eleições alemãs. Mas não sei se com os estragos que a Alemanha, em conluio com holandas e finlândias -- e em conluio com a fraqueza dos governos do Sul da Europa (Portugal, França e Grécia; Espanha tem sido outra coisa, até quando?...; a Itália, desgovernada, até quando?...) -- conluios da arrogância com a incompetência -- não sei quanto custará politicamente, à Alemanha e aos restantes países da União, restaurar a confiança neste projecto único.
Entretanto, no «Prós e Contras» de ontem pareceu-me que os campos estiveram claramente em extrema oposição. Assim deve ser, a benefício da clareza, mas sem maniqueísmos. Ideologia nos dois lados, mas objectividade apenas num; no outro (e espero não estar eu agora a sacrificar a Mani...), a cegueira ou -- sendo menos benigno -- a preocupação com a bolsa, própria & dos amigos.

2 comentários:

Manuel Nunes disse...

Caro Amigo,
Nem euro nem Europa sem solidariedade. À espera das eleições alemãs? Certamente. E não perdendo de vista as decisões do Tribunal Constitucional Alemão, o único que parece ser acatado por esta espécie de governo que o país tem. Governo do país? Não acho. Governo dos credores, ao serviço dos credores e do reembolso da dívida. Estou com o inseguro Seguro à saída da reunião com o actual Miguel de Vasconcelos: "a minha preocupação é os portugueses". Só que...

Ricardo António Alves disse...

Pois, ainda não ouvi o Seguro -- e ficaria espantado se dali viesse um élan que não fosse apenas vento... Embora, como muita gente diz, desde que começou o assalto, isto só vai lá com concertação política transnacional.
É, aliás, comovente ver os nogueiras leites e quejandos sem saberem muito bem o que dizer para além disto mesmo, como se viu no P&C: "falta liderança à Europa do Sul".
Há pelo menos dois anos que muita gente está farta de o dizer, e apontar a péssima estratégia que tem sido cada um não querer ser confundido com o outro (nós com os gregos, os espanhóis connosco, e por aí fora).
A situação é esta: dos 5 principais países do sul da Europa, só Rajoy parece ter (por quanto tempo?) voz que se faça ouvir. A Itália é um fantasma político, Samaras parece ser outro Passos Coelho, e a França só reagirá quando for tarde. Portanto, Seguro pode pouco. Talvez se a fibra política fosse outra.
Não, isto vai mesmo desfazer-se, a não ser que o futuro pm alemão -- ou seja, Angela Merkel -- consiga milagrosamente inverter o caminho.
Quererá ela?; e querendo, ainda poderá?
Quando vejo o debate público sobre reparações de guerra alemãs, parece-me que o mal já está feito, e que seriam precisas mais algumas decadas para se restaurar o que criminosamente, por tactismo à mistura com estupidez, se desbaratou.

Ab.

P.S. Temos de falar, a propósito da maratona.