Sustenta-se, a propósito da II Guerra Mundial, que a fraqueza das lideranças francesa e inglesa, que se revelou logo a partir do rearmamento alemão, ainda na primeira metadeda década de 1930, contribuiu grandemente para a escalada bélica de Hitler, com os conhecidos sucessos decorrentes. Estamos, evidentemente, no domínio da especulação contrafactual, mas parece não haver grandes dúvidas quanto aos malefícios da tibieza anglo-francesa.
Na situação actual, por enquanto ainda muito longe dos transes de então, sinto desenhar-se um fenómeno idêntico: hegemonia bélico-monetarista alemã; inaudita fraqueza francesa; aparente alheamento inglês (não sei se o périplo que Cameron está a fazer por capitais europeias sinalizarão o contrário, espero que sim...).
O que me parece é que se tudo correr mal -- e os ingredientes para que tudo corra mal estão aí --, se a UE se desagregar, os historiadores & comentadores do futuro não deixarão de assinalar a fraqueza da Europa (em particular da Europa Mediterrânica), a clamorosa estupidez e cobardia das lideranças que a ela lhe coube.
Os próximos meses serão decisivos.
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