A SOMBRA HUMANA
Quando passeio, ao longo dos caminhos,
Batem asas de medo os passarinhos;
Escondem-se os reptis, no tojo em flor.
Meu ser espalha um trágico pavor
Nas pobres criaturas,
Que, neste mundo, vivem às escuras!
Avezinha fugindo ao ruído dos meus passos,
Se o que eu sinto por ti, acaso, pressentisses,
Tu virias fazer o ninho, nos meus braços...
Virias ter comigo, ó pedra, se me ouvisses!
Vida Etérea / Antologia Poética
(edição de Francisco da Cunha Leão e Alexandre O'Neill)
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2 comentários:
Um poeta que me interroga sempre, e que tenho andado a ler...
Este é um imenso apelo à unidade com o todo do Universo. Belíssimo!
É, sem dúvida, Ana Paula.
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