I
Em que me prolongam os filhos?
O que de mim neles vive?
II
O que dirá aos meus netos a bengala com o monograma gravado no castão do bisavô?
Ser-lhes-á ele o nome, ou uma imagem apenas?
III
E aos netos dos netos, o que restará deste avô que ainda não o é?
Será que lhes chega algum eco longínquo da sua voz?
IV
E depois, quando tudo passar?
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9 comentários:
Belíssimas e pertinentes interrogações!
Creio que nos prolongam sempre. Mas interrogo-me igualmente se é mesmo assim (?), e exactamente de que modo (?).
Para pensarmos... :)
... ou não :)
Obrigado, Ana Paula.
Ou não.
Concordo :)
Ficam sempre as imaginações, os legados e as recordações. E eu, que fui avó no outro dia, quero acreditar que é assim.
Que bonito, Grande Jóia! :)
Muitos parabéns, e felicidades!
Muito obrigada. Vai que não tarda é a sua vez... :)
Espero que ainda faltem uns anitos... :|
Detesto dizer isto, mas os anitos passam num sopro e nenhum de nós está preparado para essa realidade. Deus deve gostar mesmo de nós, porque nos dá os últimos 25anos com muito vagar. Por isso e em condições naturais tornamo-nos avós cada vez mais tarde, para termos tempo e caminhar devagar.
Muito devagar, esperemos.
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