Estou perplexo com a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, no que respeita à política externa (deposi, confesso que perdia a atenção). Ver o chefe do estado apontar a China como ameaça, assim às claras, fazendo todos os fretes a países estrangeiros e dizendo nada ao interesse nacional, lembrou-me a calorosa recepção há uns anos a Xi Jinping. Interessava, porque estávamos de mão estendida? É para um tipo sentir-se envergonhado.
Para não falar da questão Russa, como se alguém tivesse perguntado alguma coisa ao PR -- e se alguém perguntou, não foram decerto os portugueses. Finalmente, no que respeita ao interesse nacional e às nossas boas relações com os Estados Unidos, que dada a vizinhança atlântica são do nosso interesse, o Presidente deve ter-se esquecido que a presidência mudou, embora não mude o desejo de vassalagem. Se Trump tirar o tapete a Zelensky, o que dirá Marcelo? Não será difícil tentar adivinhar.
Tudo isto é revelador de uma falta de dimensão e de sentido de estado que não nos deve admirar que outros políticos, entretanto guindados a funções internacionais, não passem de anões funcionais.
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