quarta-feira, fevereiro 24, 2016

uma carta do Padre António Vieira

Carta publicada por Andrée Rocha, A Epistolografia em Portugal (2.ª ed., 1951), recolhida na edição Sá da Costa da Cartas (1951), por António Sérgio e Hernâni Cidade.
Dirigida a Duarte Ribeiro de Macedo, então enviado em França, excelente sobre o ambiente persecutório e o o poder da Inquisição, cuja chaga purulenta ainda hoje se escarva e se escarra na tristíssima sociedade portuguesa. 
O retrato do fascinante Frei António das Chagas é esplêndido, bem como a arguta noção de Vieira dos perigos do prègador iluminado e alucinado -- qual pastor tele-evangelista --, o receio pelo que, às mãos da turba poderiam sofrer os cristãos-novos; evocando o massacre dos judeus ocorrido em Lisboa no reinado de D. Manuel I, cujo memorial há uma década foi erigido nesse Largo de São Domingos de nefanda memória, e que hoje, ironia da História, é local de cruzamento étnico das mais desvairadas religiões e dos que não têm religião nenhuma.

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