segunda-feira, dezembro 23, 2013

Nadezdha Tolokonnikova



Não é que eu aprecie por aí além a iconoclastia. Não pelas Igrejas em si, que não me merecem grande respeito, mas pelos crentes, desarmados diante do que não compreendem. Se, enquanto ateu, defendo a total liberdade, liberdade de não acreditar como liberdade de acreditar no que se quiser, desde que deixem os cidadãos em paz, também acho que deve haver limites auto-impostos perante o que os outros consideram sagrado (limites, dentro do razoável, claro).
Isto, a propósito das Pussy Riot. Em primeiro lugar, a especificidade russa, sempre com odores autocráticos: um país decente não condena a prisão pessoas por se manifestarem em templo, não tendo havido destruição de bens ou agressões físicas; nem manda mulheres para uma prisão na Sibéria; nem liberta umas e deixa outra na cadeia. Ainda por cima, mãe; ainda por cima, a única que não é de etnia russa, mas judia (e sabemos como os russos, e os alemães, e os franceses, e os espanhóis, e os portugueses, e os os ingleses, e...) têm as mão sujas neste particular persecutório...
E, ainda por muito acima, a mais gira de todas, de longe.   

Em tempo: as últimas dão conta da libertação de Nadezdha. Mantenho o post, obviamente, por ter âmbito mais vasto. As questões étnicas que levantei não se verificaram, felizmente. É óptimo não ter razão em circunstâncias tais...

2 comentários:

Maria Eu disse...

Mesmo que tenha sido libertada, continuas a ter razão, infelizmente!

Beijinhso Marianos! :)

Ricardo António Alves disse...

Mas não neste caso de possível racismo, aparente e felizmente...