Abencerragem

terça-feira, junho 21, 2011

O tempo já me pôs as mãos na cara, / É em caveira que ela me evolui

José Régio

7 comentários:

Paulo Cunha Porto disse...: Ou como escreveu um Grande Brasileiro,
«o Tempo, o único adversário que ataca fugindo...»

Abraço; 9:25 da manhã
Ricardo António Alves disse...: Esplêndido! É Machado?; 3:52 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Esplêndido! É Machado?; 4:29 da tarde
Paulo Cunha Porto disse...: Não. Li-a em Gustavo Corção, mas creio que a bebeu originariamente de Jackson de Figueiredo.

Abraço; 10:09 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Se bem me lembro, o primeiro mentor do Vinicius.

Ab.; 11:03 da tarde
Paulo Cunha Porto disse...: Uma prosa ímpar!

Ab.; 9:34 da manhã
Ricardo António Alves disse...: O Francisco Costa é que o admirava muito, e até lhe dedica um poema por ocasião da sua morte.
Outro.; 11:03 da tarde

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.