quinta-feira, agosto 24, 2023

o que se passou com Prigozhin interessa-me pouco; já quanto a Marcelo... (ucranianas CCIII)

 O destino estava-lhe traçado. Como diz o adágio, quem com ferros mata... Se foi o Kremlin ou Kiev, ambos os lados tinham contas a ajustar. A morte de um senhor da guerra é algo de expectável. Quanto ao Wagner em África, correr com os franceses e matar jihadistas, não é propriamente um pecado mortal. Terei pena se a acção deles for afectada por isto.

Agora, Marcelo. O primeiro de dois dias, o exibicionismo do costume, acolitado por um zombie, agravado por uma frase infelicíssima, não apenas por ser falsa e leviana, como pela carga de subserviência que contém: «As fronteiras de Portugal são as da Ucrânia», parece que foi isto que disse o Presidente. Que vontade patológica de agradar, em que tudo se diz independentemente do que se diz... A verdade é que a tirada grandiloquente e oca não vale nada: está-se tudo nas tintas para o que dizem os dirigentes portugueses, uma vez que o soft power que poderíamos ter enquanto velho estado europeu com ligações privilegiadas nos cinco continentes, foi desbaratado nesta questão, desde, pelo menos, que o PM Costa disse que o objectivo do governo era o de derrotar a Rússia (ahahah, caraças!...). Em vez de uma abordagem diplomática inteligente de influência benéfica nas grandes crises, em que pudéssemos ser pelo menos escutados, escolhemos ser como macacos amestrados de circo, cuja recompensa é trajar com lantejoulas e, no final, um amendoim. É triste.

1 comentário:

Arber disse...

Foi isso que ele disse, foi!
Certamente não estava a imaginar ver os netos a "derrotar" a Rússia, lá na Ucrânia!