segunda-feira, março 07, 2022

ucranianas (XXXVII)

Coisas sérias: O sofrimento da população, sempre e sem fim. Os funcionários dos museus, procurando preservar a história e a memória.

lérias:

1.  Os mesmos países que venderam cinco mil milhões de euros em armamento à Ucrânia, são os que hoje vêm chorar os inocentes. Para que raio queria a Ucrânia o armamento? Para defrontar a Rússia? Ah... É evidente que na prática e para todos os efeitos esta guerra, que pode ser vista como preventiva -- é a forma mais lógica de encará-la, o resto é má propaganda e ignorância espessa --, acaba por tornar-se numa agressão, e qualquer ucraniano sente que tem se se defender nesta altura, independentemente de os seus líderes terem sido joguetes dos americanos.

2.  Resposta para esta pergunta: por que razão não podia ser a Ucrânia como é a Finlândia? Até agora só ouvi conversa fiada.

3. Mariupol. Enquanto os nazis do batalhão de Azov não são chacinados pelos tchetchenos que os russos para lá mandaram, podem fazer da população refém. Aliás, quando há nazis envolvidos, os crimes de guerra estão garantidos. Talvez Putin exagere um bocadinho quando fala em desnazificação do país, mas que eles existem e têm poder, lá isso... Quem vem para os mérdia dizer o contrário ou é tolo ou quer fazer dos outros parvos.

4. Crimes de guerra. Enquanto o governo ucraniano diz matar mil soldados russos por dia, queixa-se também do ataque a civis, escolas, hospitais, etc. Fica, pois, já aqui escrito que tenho tendência para considerar tais "notícias" como propaganda manhosa. Na guerra de comunicação, se um dos lados puser um lança rockets a disparar ao lado de uma escola, hospital, área residencial, é certo e sabido que a resposta virá. e lá se vão casas e infraestruturas, mais uns quantos civis, e mais uma fornada de crimes de guerra. Ontem ouvi o bastonário dos advogados a dizer baboseiras como serem os crimes de guerra muito fáceis de provar. Então não são? Principalmente quando se come a papa toda que nos põem à frente. 

5. Ainda ninguém sabe as consequências para a Ucrânia, dos objectivos russos. O que até poucos dias antes da guerra era a desmilitarização e neutralidade e a exigência de autonomia dentro do país, para as regiões separatistas, hoje poderá ser a neutralização da Ucrânia. Diz-se, e provavelmente com razão, que a Rússia não tem capacidade para ocupar permanentemente o país. Mas se do país não ficar pedra sobre pedra nas grandes cidades a desmoralização será tal, que no curto prazo isso pode acontecer. Fala-se também no abocanhar de metade da Ucrânia. A Rússia controla praticamente todo o sul; não me parece que uma Ucrânia independente possa prescindir do acesso ao mar. Que Putin gostaria de ficar com a Ucrânia toda, isso parece-me óbvio agora. Parece, não sei se assim será. Terminada a terceira ronda de negociações (para quando um mediador?), sinto os russos a recuar para a situação imediatamente pré-guerra: neutralidade da Ucrânia, reconhecimento da Crimeia russa e, se ouvi bem (agora) o reconhecimento da situação no Donbass (antes era apenas a autonomia, agora parece-me difícil um recuo). 

6. A prisão de manifestantes antiguerra na Rússia não é mais do que um sinal de fraqueza do governo, mesmo com a CIA à solta.

7. O Zelensky insiste em querer arrastar-nos para uma guerra. Com os mérdia em operações pedrógão grande sobre a guerra, o rebanho ainda há-de forçar os líderes de craveira internacional da UE. Ainda no carro: um jornalista qualquer na TSF mostrava-se chocado por o Ocidente não pôr tropas no terreno. Um tontinho com idade para ter juízo.

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2 comentários:

Bmonteiro disse...

«abocanhar de metade da Ucrânia»
O regresso à Geografia, talvez.
Possibilidade aventada há anos no Blog O António Maria, duas Ucrânias separadas pelo Dnieper.
Com uma cedência de Putim, talvêz.
Deixar um corredor para um porto a sul, na Ucrânia ocidental.
Alémd o estatuto que reclama, de neutralidade?

R. disse...

Pois, não me atrevo a dizer... Como alguém afirmava, já não sei onde, terá de haver cedências de parte a parte. Mas tem de haver mediação, de preferência da China, talvez.