Perez foi um dos políticos israelitas que mais admirei. A sua morte poderá ser, desgraçadamente, o remate de um longo processo de anomia em que decai o estado de Israel, um país com uma génese entusiasmante, das práticas comunitárias e libertárias dos kibutz; um país com todo o direito a existir, pátria histórica e efectiva dos judeus, mas sem direito algum a aprisionar os palestinos no seu próprio território.
Shimon Perez, um histórico do Partido Trabalhista, morre deixando o país num impasse que parece inultrapassável pelos cidadãos esclarecidos, tutelados por um governo liderado por um político sem princípios, aliado a racistas e religiosos, e cuja política criminosa dos colonatos ainda fará correr muita tinta, e sangue.
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