QUIS O IRMÃO FOGO DEVORAR-ME A TÚNICA, E EU, POR MERO DESCUIDO, A RETIREI...
Não apagueis jamais uma candeia,
Nada que fulja, onde rebrilhe o fogo,
Onde corusque o Espírito, no jogo
Das mil cores em que ele se abraseia!
Atendendo aos conselhos do meu rogo,
Quando a flama oscilar, erguei-a, erguei-a,
Atiçai-a, tornando-a viva e cheia,
Deixando-a arder, em pleno desafogo!
Há no incêndio o esplendor da liberdade,
O calor de arrebato, a claridade
Que a fé somente exprime ou bem traduz.
Quem, soprando-o, extinguindo-o, não pondera
Que um hálito humanal, nessa cratera,
Pode, talvez, contaminar a luz?
I Fioretti
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