Quando rebentaram as primeiras granadas, numa mistura de terra e de luz, o capitão empertigou-se e seguiu pelo terreiro, devagar. Caminhava excessivamente teso, com movimentos rígidos como os bêbados quando querem disfarçar a embriaguês. Manteve sempre as mãos atrás das costas, durante o percurso, que não foi pequeno. Sabia que os homens o observavam das seteiras dos abrigos e dispôs-se a morrer pela sua imagem.
Era uma Vez um Alferes
2 comentários:
Não li "Era Uma Vez Um Alferes", mas apreciei um outro seu romance em que as patentes militares são chamadas ao título: "Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina". Dois coronéis apesar de tudo simpáticos (já não direi o mesmo da mulher de um deles), embora com aquelas taras próprias do pessoal castrense (como dormir com a metralhadora debaixo do travesseiro). Há neste romance uma passagem curiosa: a entrada como personagem de uma figura de carne e osso - o escritor Joaquim Mestre, director da Biblioteca José Saramago, de Beja.
Agora tenho aí para ler "A Sala Magenta". Ainda não compreendi bem a razão, mas está difícil de arrancar.
Passa-se o mesmo comigo em relação a «Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde». São tantas as solicitações... Li, há muito tempo, os «Contos da Sétima Esfera», um livro que quero reler.
É curioso. O Jorge Amado fez o mesmo, salvo erro n'«O Sumiço da Santa» (que não li), em que entram o Fernando Assis Pacheco e o José Carlos de Vasconcelos, e penso que mais algumas figuras lusas.
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