continuar: «Esta Santa Cecília -- dizia a condessinha para Luciano, uma tarde de visita às obras da capela nova, folheando a Legenda Aurea para a escolha das cenas dos vitrais, -- Santa Cecília é uma das santas que mais me seduzem.»
Cecília, mártir romana forçada a matrimoniar-se com um pagão, que depois converte, S. Valeriano, sendo o seu um casamento branco, acabará por constituir-se para Maria Helena o vislumbre de uma saída para a paixão declarada por Luciano, num oportuno episódio de encerramento acidental num recinto da Sé, a sós, e a que aquela, em transporte místico, obviamente corresponde. Mas o arquitecto, diria, não lhe fica muito atrás, considerando o Amor um agente lustral, dirigindo-se à condessinha deste modo: «Amar é purificar-se. Quando o amor entra uma porta da alma, sai a impureza por outra. Amar é avistar Deus.»
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