quarta-feira, abril 15, 2015

à luz do petróleo

luz do petróleo os olhos encovam-se-lhes, a dureza sobressai e aumenta. As mãos lívidas e secas, cheias de engelhas, deformadas pelas exostoses, são poemas de maldade e de astúcia. Parecem de mortos e tão afiadas como as da crueldade."

Raul Brandão, A Farsa (1903)

Sem comentários: