Não peças palavras:
É voz o vento e o seu perdido rumo.
O silêncio quebrou-se entre mitos
onde quisemos apagar as nossas incertezas.
Silêncio para a dor para o amor e para a vida:
A boca renega o que a razão não dita.
Só no silêncio o coração murmura
e deslisa a vida para o que a alma quer.
Abre em grandeza o mais pequeno gesto
pagando dívidas de amor.
E escorre o mais pequeno gesto
para a grandeza em que o amor se tem.
E nasce na flor entreaberta
o pólen de todas as virtudes.
Poesia (1961)
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