sábado, abril 30, 2016

estampa CCVII - Lavinia Fontana


Auto-Retrato ao Clavicórdio com Criada (1577)
Academia Nacional de S. Lucas, Roma

não só a música



Sara Bras, El Albaicín (Albéniz)

sexta-feira, abril 29, 2016

microleituras

Esplêndida bd de Rui Lacas, destreza narrativa, filactera a filactera, argumento simples, eficaz, ternurento e surpreendente. Um boneco com potencialidade de herói: o Padre Fortunato. Não há mais estórias com ele?

Rui Lacas, A Ermida (2011)
(também aqui)

50 discos: 18. ATÉ AO PESCOÇO (1972) - #2 «Quem nos viu e e quem nos vê»


quinta-feira, abril 28, 2016

uma carta de Eça de Queirós

Um perfeito exemplo do humour queirosiano, a propósito do crónico desarranjo intestinal, vírus provavelmente contraído em Cuba ou no Egipto e que tanto o moerá até à morte. sendo eventualmente a causa dela. (Creio que a doença que vitimou Eça ainda não terá sido desvendada.)
Outro aspecto interessante é a menção ao livro do historiador alemão Ludwig Heinrich Friedländer, Quadros dos Costumes Romanos desde Augusto até à Época dos Antoninos (3 vols., 1862-1871), que certamente terá servido como bibliografia para A Relíquia.

segunda-feira, abril 25, 2016

serão televisivo

Uma entrevista de Eduardo Lourenço, a ver o borbulhar daquele raciocínio, as pontas que vai juntando nas questões que lhe são postas, como se fosse uma espécie de oráculo, malgré lui. Depois, o José Afonso, no seu aspecto andarilho e não tanto o trovador genial, a dimensão revolucionária e utópica sempre à flor. Foi uma boa maneira de acabar o dia, sem entusiasmos, que o tempo não está para isso, mas com o qual, dia, sempre estou.  

microleituras

O Pe. Martins Capela (1842-1925) foi uma daquelas figuras fascinantes da segunda metade de oitocentos, simultaneamente erudito e abade de aldeia, pedagogo e universitátio, homem de gabinete e místico. Embora a memória eclesial se mantenha na remota aldeia natal de Carvalheira, nas faldas do Gerês, o seu contributo para a cultura portuguesa -- que soube enriquecer com prosa de estilista, da teologia à literatura de viagens, passando pela crónica de imprensa -- reside no trabalho aturado de historiador, arqueólogo e epigrafista, cujo opus magnum é Miliários do Conventus Bracaraugustanos em Portugal (Porto, 1895), obra ainda hoje de referência no que respeita à Epigrafia Latina e ao estudo da civilização romana no nosso território. Desde criança habituado a ver a estrada da Geira, que lhe passava à porta de casa, ao levantamento das inscrições -- hoje emblemas da vila de Terras de Bouro --, dedicou o melhor do seu saber. A tradução desse livro para alemão pelo eminente Emil Hübner, é reveladora dessa valia.
Este livrinho de Ademar Ferreira dos Santos, edição singela e meritória da escola de que é patrono, é uma excelente cronologia sintética, seguida de apêndice com evocações coevas.

incipit: «1842 / Foi no dia consagrado aos Santos Apóstolos Simão e Judas (28 de Outubro) do ano da graça de 1842, que nasceu no lugar do Assento (1) da freguesia de Carvalheira (concelho de Terras de Bouro) uma criança do sexo masculino a quem puseram o nome completo de Manuel José Martins Capella -- Martins Capella, que eram os apelidos do pai (António Joaquim); Manuel José, que eram os nomes próprios do irmão predilecto da mãe (2) (Maria Custódia Rodrigues Salgado e Carneiro).

Ademar Ferreira dos Santos, Martins Capela -- Notas Biobibliogtáficas (1992)

(também aqui)
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domingo, abril 24, 2016

não só a música



Glenn Gould, Aberura das Variações Goldberg, de Bach

uma carta de Oliveira Martins

Na juventude dos seus 25 anos, Oliveira Martins assumiu a administração das minas de Santa Eufémia, Espanha, onde permanecerá até 1874, escrevendo nesse período Teoria do Socialismo (1872) O Socialismo em Portugal (1873). O destinatário, António Enes, político e escritor, distinguiu-se como comissário régio em Moçambique.
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sábado, abril 23, 2016

não só a música



Tori Amos, Precious Things

sexta-feira, abril 22, 2016

microleituras

Conferência proferida em 15 de Dezembro de 1972 no Museu João de Deus, evocando o filho deste, João de Deus Ramos. Alocução emotiva de alguém que fora amigo de Ferreira de Castro, desaparecido 19 anos antes, e que procurou honrar o nome e a obra do pai, materializando-a através da criação dos Jardins-Escolas João de Deus, pondo em segundo ou terceiro planos a obra própria. A propósito do autor de Campo de Flores, Castro lembra o contacto precoce, através das selectas, com a poética sensível e delicada do vate algarvio e o que representava para si a poesia,  nesses tempos infantis pouco auspiciosos, à partida. Edição sem aparato técnico, fora do mercado, provavelmente de tiragem muito reduzida.

incipit - «Minhas senhoras e meus senhores: / Talvez eu não afronte muito a lógica se vos disser que a minha ternura por esta casa, por esta admirável casa onde nos reunimos hoje, principiou antes mesmo dela existir.»

 Ferreira de Castro, Chamou-se João de Deus Ramos, Exactamente o Nome Paterno (1972)
(também aqui)

quarta-feira, abril 20, 2016

só uma música

«Ballad» é o grande tema do filme, embora eu pudesse escolher outras variações da banda sonora de Gato Barbieri (1972). Perfeito na síntese que faz da obra de Bertolucci: a flauta a entrar de mansinho, e rapidamente voz, percussão e sax dão o embalo dos sentidos, e quando chegam as cordas, já tudo está em piloto automático.

Cartão de cidadania

Sou favorável à alteração. Para espanto de alguns, que podem pensar o que dizem mas não pensam no que emitem da cavidade bocal, as palavras têm significado preciso, espessura e contexto. 
Não se trata de adulterar a língua, como o ridículo "presidenta" no Brasil, que deveria obrigar ao correspondente "presidento", mas de tirar partido das possibilidades que a língua nos dá: há cidadãos e cidadãs, logo a designação adequada deverá ser cartão de cidadania. Aliás, a parvoíce é tanta que já falam nos milhões que custaria a alteração da documentação, quando bastará esperar que cada documento caduque para a concretizar. 
Tenho ficado pasmado com as piadolas patetas que tenho ouvido, vinda algumas vezes de onde menos esperava. Apesar da minha educação tradicional, não tenho preconceitos desses (tenho outros).

50 discos: 37. SNAKES AND LADDERS (1980) - #2 «I Was A Boy Scout»


segunda-feira, abril 18, 2016

uma carta de D. João de Castro

Apesar dos contornos pouco nítidos da carta, pelo menos para um não-especialista na figura e/ou período, os sentimentos de preocupação paternal -- até porque o vice-rei da Índia perdera já um filho em campanha militar -- e a cumplicidade maliciosa na estúrdia, são suficientemente atemporais para que não leiamos esta missiva regalados pela verdade que encerra.

(ler)

A golpada no Brasil na blogosfera -- nos blogues que leio e do lado da democracia, é claro, já que não tenho cu para reaccionários, pastores vígaros & caciques analfabetos, e menos ainda para os que dizem que "é tudo a mesma coisa...", porque, na verdade, não é.

Os Ratos
Desordem e retrocesso
O futebol e o Carnaval foram ao circo
Depois de assistir à votação do impeachment passei a adorar o parlamento Português
Nem ordem nem progresso
Brasil - A destituição de Dilma Rousseff
Brasil
Nenhuma confiança no parlamento burguês
Brasil:Destituição de Dilma Rousseff

Um golpe parlamentar e a volta reacionária da religião, da família, de Deus e contra a corrupção

50 discos: 17. THREE FRIENDS (1972) - #2 «School Days»


Terceiro Mundo

Ainda sigo, via YouTube, o processo do impeachment, manifestação deprimente de verdeamarelismo cretino: o conluio entre uma elite venal e um bando de evangélicos alucinados ("Feliz a nação cujo Deus é o Senhor", estou a ouvir agora...). Puro terceiro mundo.
Em seguida, oiço um digníssimo deputado a dizer: "A maior herança que um homem pode deixar aos descendentes é a honra!!, e que, nestas circunstâncias, "a palavra mais bonita da língua portuguesa é o não". São a minoria, são os melhores.

O Tiririca acaba de votar pela destituição de Dilma

A ver em directo a farsa do golpe no Brasil, na Câmara dos Deputados presidida por um réu por corrupção.

sábado, abril 16, 2016

que jornalismo de referência?

A imagem da manchete do Expresso é uma vergonha.Não o título em si ("Dinheiro do caso Sócrates veio do saco azul do GES»), pois existe de facto um "Caso Sócrates", mas porque a imagem toma como sua a tese do Ministério Público: Bataglia transfere dinheiro para Barroca (do Grupo Lena), que, segundo o MP, o passa a Santos Silva, que o entrega a Sócrates, Esta é a tese, que tem de ser provada em tribunal, se o MP avançar com a acusação, entretanto já refutada pelos advogados do ex-PM . O que é miserável, é o comportamento do Expresso, na manipulação grosseira da opinião pública. Com que objectivo o faz? De certeza que pelos mais comezinhos e rasteiros. jogo político de manipulação, vendas -- ou ambas as coisas. Enfim, a pobreza do costume.


50 discos: 42.POR ESTE RIO ACIMA (1982) - #2 «O Barco Vai de Saída»


a senhora da furgoneta



The Lady In Thr Van, de Nicholae Hytner (A Loucura do Rei George), dois grande papelaços de Maggie Smith e Alex Jennings -- os loucos no meio de nós, os loucos, nós. Excelente para quem gosta de humor britânico, carros (esmeradas reconstituições de época) britânicos e não só, séries  britânicas, actores britânicos.


quinta-feira, abril 14, 2016

A propósito da entrevista de Paulo Ralha ao i

Eu não estou para andar a receber cartas das Finanças que são uma espécie de ameaça velada disfarçada de informação ao contribuinte, a dizer que agora já se podem cruzar os nossos dados, quando leio nesta entrevista de Paulo Ralha a Sónia Peres Pinto, no i  de ontem, que os funcionários dos impostos são incomodados quando pretendem fazer o seu trabalho, tentando perceber por que razão este empresário que declara prejuízos anda de Bentley, ou aquele ex-político detém um património imobiliário incompatível com os rendimentos que auferiu.
Já basta de andarem a gozar com o pagode; e depois das declarações corajosas de Ralha, que não deixa pedra sobre pedra, é impossível que não sejam tomadas medidas para conter a bandalheira em que se tornou a sociedade portuguesa. Fadiga fiscal é um termo piedoso para caracterizar o esbulho a que estão sujeitos os cidadãos deste país; e o Estado português pouco mais tem sido do que um Xerife de Nottingham: tira aos trabalhadores (salários, pensões, aumento de horas de trabalho não remuneradas, cortes de feriados, e um enorme etc.) para enfardar num punhado de proxenetas. 
Ora, tratando-se de proxenetismo -- ou chulos, em bom português --, têm todos as suas prostitutas, muito bem oleadas. E quem são estas putéfias? Sociedades de advogados, com seus homens de mão colocados na política, e a arraia miúda que se vende por alguns tostões: altos funcionários, jornalistas da área económica & fauna costumeira.
Certamente Ministério Público, Polícia Judiciária, Autoridade Tributária, com a escassez de meios que têm, estão a fazer o que lhes compete -- os jornalistas que não se vendem, estão-no certamente. Mas não chega: é altura da Geringonça funcionar nesta matéria -- em especial o Bloco, o PCP, e a parte sã do PS -- e tratar de acabar com iniquidades como a configuração do sigilo fiscal e patifarias semelhantes. 

50 discos: 6 - MONEY JUNGLE - #2 «Fleurette Africaine»


terça-feira, abril 12, 2016

segunda-feira, abril 11, 2016

Costa e Tsipras

Se o encontro de hoje terá alguma consequência, ninguém sabe, porque a situação política europeia (e internacional) está de tal modo volátil que só um tonto se arriscará a fazer vaticínios para além de umas escassas semanas.
O que sei é da satisfação que me deu ver um governante português comportar-se como chefe de um governo de um dos estados mais antigos da Europa,  e não como um poodle do ministro das finanças alemão ou do presidente do Eurogrupo.

50 discos: 48 - HENRYK GÓRECKI - SYMPHONY N.º 3 (1992 [1976]) - #2 «II. Lento e largo - Tranquilissimo»


domingo, abril 10, 2016

microleituras

Literatura adulto-juvenil, conto publicado em 1997 sobre Nino, um menino gordo que quando quer fica magro ou muda de tamanho (até ao volume duma bolinha de roleta...), e seu pai, o Sr. Branco, que, quando se distrai e fala muito, vai crescendo progressivamente, o que, por vezes, dificulta a apanha, não da azeitona, mas do transporte para o emprego. Periodicamente desempregado, é quando faz incursões com Nino num qualquer casino. Daí a referência à bolinha da roleta... Em seguida empreendem lauto jantar num restaurante caro, a grande cena do livrinho. Livrinho, de resto, inicial de um conjunto familiar que integra, por ordem,Uma Mãe Porreira É prà Vida InteiraFilhos Assim Dão Cabo de Mim,Avó não Pise o Cocó e, grande remate, A Prima Fica por Cima, todos reunidos em Uma Família sem Mestre. As ilustrações de Pedro Proença são excelentes. 

incipit - «Nino era um miúdo muito gordo, mas que também sabia ser magro. (Nino é diminuitivo [sic], o verdadeiro nome de Nino é Menino).

ALL DOWN THE LINE



uma carta do Repórter X

Em 1925, a revista ABC publicava, em números sucessivos que se esgotavam e reimprimiam, uma reportagem do Repórter X à Rússia dos sovietes. Reinaldo´Ferreira era um repórter de mão cheia, ávido de furos de sensação. Muitos puseram em causa a veracidade desse trabalho, mas ninguém conseguiu provar que ele não esteve lá. 
Ainda hoje as opiniões se dividem. Eu, que devo ser das poucas pessoas que neste tempo a leu, inclino-me a dizer que sim, ele foi a essa Rússia, tão misteriosa quanto subversiva. Um dos argumentos mais convincentes  é o do salvo-conduto que ele invocou ter-lhe sido dado por José Carlos Rates, então secretário-geral do PCP; e que se saiba, não foi por este desmentido. Sobre este facto, do detractores do Repórter X disseram nada.
Se apesar da verosimilhança dos depoimentos, das impressões, da iconografia, a reportagem foi uma fraude, o talento de Reinaldo Ferreira, era e foi enorme, pela cópia de informações, pelo interesse que conseguiu suscitar durante meses na opinião pública portuguesa.
O episódio a que alude com a polícia espanhola foi o da detenção de Ferreira de Castro em Madrid, confundido com aquele, por usarem o mesmo apelido, pedindo-lhe que dê testemunho.

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quinta-feira, abril 07, 2016

50 discos: 25 - MEUS CAROS AMIGOS (1976) - #2 «Mulheres de Atenas»


pares de estalos

Quando João Soares foi nomeado ministro da Cultura, não achei a coisa escandalosa, pelo contrário. Qualquer pasta ministerial precisa, antes de mais, de um político e não necessariamente de um elemento da área, muitas deles sem jogo de cintura para o cargo. Por outro lado, convém que não seja alguém totalmente destituído para a função, como, por vezes por aí aparecem, para risota geral. 
João Soares tinha um trabalho apresentável na Câmara de Lisboa, ainda como vereador. A meteórica actividade como editor, aliás já muito distante no tempo, apesar de alguns títulos importantes que publicou (uns melhor publicados que outros), não chegavam para qualificá-lo especialmente. O governo, porém, ainda é recente, e, enquanto cidadão eleitor, resolvi dar-lhe o benefício da dúvida -- que hoje se esgota.
Eu já havia ficado pèssimamente impressionado com o tom de bravata com que se refriu publicamente a António Lamas, alguém cujo serviço público mereceria respeito -- desde logo por parte do ministro. Agora surge esta patética ameaça de um par de estalos a Augusto Seabra e a Vasco Pulido Valente.
O texto de dura crítica de Seabra nunca justificaria este rastejar pela lama a que Soares sujeitou o governo; o de Pulido Valente, sendo embora muito desagradável para com o ministro, foi escrito no rescaldo do triste episódio com António Lamas, que indignou muita gente -- pelo que pode dizer-se que o ministro se pôs a jeito.
Mas esta tirada de Soares é muito mais grave, porque demonstra várias debilidades, a primeira das quais é a de o homem não se enxergar. Como alegado homem de cultura, ele é de facto insignificante, e nem é preciso ir compará-lo com Seabra ou Pulido Valente; por outro lado, Soares demonstra, de forma muito feia, a arrogância do Poder. Eu não sei se ele tem uma corte que permanentemente lhe faça vénias (não frequento cortes porque tenho nojo delas, dos cortesãos e dos que se deixam cortejar); o que está à vista é a noção idiota que esta gente tem de que é detentora poder ilimitado e que é inimputável. Mas não no tem nem o é -- por muito cortesão que lhe puxe o saco (como dizem os brasileiros, com graça) e clientela que possa ter.
Em democracia não há disso; e quem se iluda esse respeito, acabará certamente mal, como já acabou Soares que está politicamente defunto, mesmo que António Costa insista em ligá-lo à máquina, para que se possa dizer que há ministro da Cultura.

Adenda (8-IV-2016): Ficou ligado à máquina, e Costa, com a mestria que se lhe reconhece, limitou-se a desligá-la -- não sem algum estrondo.

50 discos: 12 - CARAVAN (1968) - #2 «Ride»


segunda-feira, abril 04, 2016

50 discos: 27 - DARKNESS ON THE EDGE OF TOWN (1978) - #2 «Adam Raised A Cain»


microleituras

Texto elegíaco para um cão amado, cão que foi ente, ser relacional tornado amigo próximo (família?), irmão, cúmplice, parceiro. "Primeiro cão" e "último cão", desde sempre sonhado e esperado, desde a infância solitária, quando se procura distinguir o nome e a essência das coisas.

incipit - «________ houve uma breve hesitação da parte de quem transportava o recém-nascido ________ o meu cão Jade, há muito tempo; muito e com grande intensidade, aconteceu durante esse tempo breve em que Jade foi deixado suspenso sobre um medronheiro, sem mãe visível,
num berço nem celeste,
nem terrestre.»

Maria Gabriela Llansol, Amar um Cão (s.d.)

domingo, abril 03, 2016

THE LOVE I LOST



Porque eu sou do tamanho do que vejo / E não do tamanho da minha altura...
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro