quinta-feira, agosto 31, 2017

Isto trago no olhar: o vago estranho mundo.
Soledade Santos

quarta-feira, agosto 30, 2017

terça-feira, agosto 29, 2017

estampa CCLXI - Barnett Newman


Onement 1 (1948)
MoMa, Nova Iorque

IT MAKES NO DIFFERENCE

segunda-feira, agosto 28, 2017

eu já deveria ter aprendido

a não escrever sobre actualidade sem deixar assentar o pó.
Andámos, muitos de nós, a fazer figura de urso: afinal, não há grau diferente de dificuldade, consoante se trate de rapariga ou rapaz nos célebres blocos de actividades da Porto Editora.  Peço, pois, desculpa, pelo primeiro parágrafo deste post.
Nunca devemos confiar nos jornais, e a verdade é que este cagarim foi desencadeado pelo Público, veiculando uma notícia deturpada com imagem enganosa colhida aí pelas redes sociais. E lá fomos nós atrás, feitos parvos. Um amigo chamou-me a atenção para o "Governo Sombra", e acontece que foi um humorista, e não um profissional da imprensa, quem fez o trabalho que a este era devido.
O jornalismo nunca foi famoso, mas já anda a escavar o fundo em que bateu há muito tempo. A manipulação parece evidente, e os totalitários do politicamente correcto rapidamente desviaram a questão das desigualdades entre os sexos para as parvoíces esquipáticas das chamadas questões de género. Querem fugir à biologia, e gostariam de um mundo sem machos nem fêmeas. O paraíso, portanto.

sexta-feira, agosto 25, 2017

THE HOUSE OF THE RISING SUN

caderninho

A ironia é a injúria do civilizado. (José Veríssimo)

quinta-feira, agosto 24, 2017

EU VI ESTE POVO A LUTAR (CONFEDERAÇÃO)

se calhar, devia ter-lhe chamado Gustavo

Quando eu nasci, em 1964, um observador ainda jovem, cosmopolita e informado, poderia torcer o nariz aos manuais da Porto Editora. Pôr meninas em tarefas domésticas, enquanto os rapazes surgiam em contexto de ar livre, quase aventura, já podia dar a ideia do traço dominante da situação dos géneros no país. Mas pronto, foi há 53 anos, e não eram muitos -- não só cá pela pátria egrégia, como, presumo, na generalidade dos países industrializados -- os que teriam essa visão que hoje nos parece comezinha. A circunstância de, em 2017, uma chancela com as responsabilidades da Porto Editora editar um produto com a conformação mental mediana de 1964, revela um despreparo inaceitável. Ganham muitos milhões para continuarem a ser tão provincianos. Portanto, concordo com a supressão dos livros do circuito pré-escolar, não por qualquer espécie de censura, mas por manifesta desadequação pedagógica.
Outra coisa -- outra coisa, é a histeria imbecil dos idiotas do costume, como a questão das cores, ou com a aversão aos 'piratas' e às 'princesas' (faço ideia dos miasmas saídos das alfurjas do facebook...)
Eu, que tenho quatro filhos, três raparigas e um rapaz, confesso que a este nunca ofereci uma barbie -- se houver algum pai que tenha oferecido ao filho uma boneca com vestidinhos para brincar, que se acuse, pois pode ser um caso para a Comissão de Protecção de Menores.
A todos, porém, dei carrinhos, e com uma delas, particularmente entusiasta (de resto, uma miúda giríssima, desportista federada internacional, aluna do quadro de mérito) recuei muitas vezes várias décadas com o que restava dos meus Matchbox, Corgi Toys, Solido ou Majorette, em longas corridas pelo corredor da casa ou no terraço do jardim.
Se calhar, devia ter-lhe chamado Gustavo... Mas vou redimir-me, e será o nome que darei a uma eventual próxima filha; ao contrário, se for rapaz, vai chamar-se Maria de Lourdes. Finalmente, para fugir ao estereotipo nefando do azul e do cor-de-rosa, só vestirá lilás.

P.S. Talvez esteja a exagerar. Optarei antes por Gustova, ou Mário de Lourdes -- assim mesmo, em neutral equilíbrio, para não traumatizar.
P.S. 2, e agora a sério: sei que são assuntos diferentes, mas para os inquisidores apressados do costume, e para quem não me conhece, faço questão de dizer que achei notabilíssima a forma digna e elevada como a secretária de Estado Graça Fonseca resolveu dar conhecimento público da sua condição homossexual, exercendo uma pedagogia cívica pelo exemplo. Com pessoas e atitudes destas, a causa justa da não discriminação credibiliza-se.


50 discos: 26. SONGS FROM THE WOOD (1977) - #5 «Ring Out Solstice Bells»


quarta-feira, agosto 23, 2017

terça-feira, agosto 22, 2017

segunda-feira, agosto 21, 2017

domingo, agosto 20, 2017