quinta-feira, fevereiro 06, 2025

um dia bom para as mulheres e para os feministas

Se alguém se disser feminista e defender ao mesmo tempo que é aceitável transexuais competirem com mulheres no desporto, ou é uma fraude ou está alienado.

(Eu sei que é chato estar a elogiar o Trump quando ele tira da cartola a Riviera de Gaza, uma trumpice; mas nunca esqueçamos que o massacre dos palestinos e a pulsão genocida foi toda articulada na administração Biden, com as falinhas mansas desse extraordinário democrata e humanista que todos conhecemos.)

Voltando ao manicómio: não me canso de falar no caso infame do roubo do título olímpico a uma boxeuse italiana -- das coisas mais degradantes e revoltantes a que assisti na minha vida --, incluindo a retratação pública a que ela se sentiu obrigada. Mas já é tempo de denunciar e desmascarar todas as mentiras, e as estratégias de vitimização, relativização e intimidação woke.

Mentiras chapadas quando chamam "mulheres" e "meninas" a transexuais, como este patético e nauseabundo título do Globo, jornal de tradição progressista, como se sabe...; quando se relativiza sempre com o número exíguo das pessoas em causa -- tão exíguo que até ganham medalhas olímpicas, para desânimo das mulheres que com eles têm de competir --; ou quando vêm com a historieta dos "direitos humanos", ou usam do poder mediático de que dispõem para cilindrar quem se lhes opõe. O que vi naquele "combate", entre o desespero da mulher e a sua retratação, foi um treinador com medo, a tentar justificar a sua atleta, e sem palavras para articular algo a respeito da insanidade onde ambos haviam sido metidos, receando naturalmente pela carreira de treinado e pela da sua atleta.

Em suma: um escarro que tem a conivência não só dos cobardes como daqueles que acham que há coisas mais importantes pelas quais lutar. Mas não há: a injustiça, quando atinge um, atinge todos. E manifesta-se quando famílias são chacinadas num kibutz, quando um povo é massacrado num território, e sempre, quando um indivíduo é cilindrado por qualquer tipo de mundividência, por norma absurda e anormal, nesta altura gozando da conivência dos estados. Não há assuntos menores quando a dignidade e a justiça são comprometidas. 

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