quinta-feira, fevereiro 16, 2023

25 romances

 1. Eurico o Presbítero, de Alexandre Herculano (1844); 2. Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett (1846); 3. Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco (1862); 4. A Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis (1868); 5. A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós (póstumo, 1901); 6. Húmus*, de Raul Brandão (1917); 7. A Catedral, de Manuel Ribeiro (1920); 8. Andam Faunos pelos Bosques, de Aquilino Ribeiro (1926); 9. Emigrantes, de Ferreira de Castro (1928); 10. Jogo da Cabra Cega, de José Régio (1934); 11. Ana Paula, de Joaquim Paço d'Arcos (1938); 12. Cerromaior, de Manuel da Fonseca (1943); 13. Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio; 14. A Toca do Lobo, de Tomaz de Figueiredo; 15. Cárcere Invisível, de Francisco Costa; 16. A Sibila, de Agustina Bessa Luís (1954); 17. Barranco de Cegos, de Alves Redol (1961); 18. O Delfim, de José Cardoso Pires (1968); 19. Novas Cartas Portuguesas**, pelas "Três Marias"***; 20. O que Diz Molero, de Dinis Machado (1977); 21. Sinais de Fogo, de Jorge de Sena (póstumo, 1979); 22. Os Cus de Judas, de António Lobo Antunes (1979); 23. Levantado do Chão, de José Saramago (1980); 24. Nó Cego, de Carlos Vale Ferraz (1982); 25. Para Sempre, de Vergílio Ferreira (1983).


* É discutível tratar.se de um romance, mas creio-o razoavelmente defensável.

** Mais fácil, creio, a inclusão deste na categoria de romance.

*** Creio ter sido Maria Teresa Horta, mas não tenho a certeza, que disse ou escreveu que não havia nem consegui fazer a distinção da autoria dos textos; não só não se lembrava, como a sua composição envolveu poderosamente as três. Será assim, embora em creia que quem conheça muito bem a escrita de pelo menas duas das Três Marias possa arriscar fazê-lo.


3 comentários:

Manuel M Pinto disse...

Prefácio à obra "A Casa Grande de Romarigães" (Crónica romanceada):
«...Todavia quero confessar os meus pecados. Um confrade, académico de Argamasilha ou lente de Coimbra, já não sei bem, a quem li alguns capítulos deste livro, exclamou, mais que judicioso, salomónico de todo:
--Mas afinal o que V. fez foi um romance...
--Um romance...? Deus me livre! A minha ambição foi bem outra. Isto é monografia, história local, história romanceada, se quiser, agora novela, abrenúncio! Mal de mim se escorreguei para tais enredos e labirintos. No romance, o escritor escolhe os episódios; na história, são os episódios que se lhe vêm oferecer. Estão tabelados, não há que lhes fugir. Ora o que eu tentei foi desempoeirar velhos e particularíssimos sucessos que, de resto, pouco pesaram na marcha do mundo. Romance...!? Se me saiu romance, aconteceu-me a mesma coisa que a um triste e tosco carpinteiro dos meus sítios, de quem toda a gente zombava, decerto por milagre desenfadado do Espírito Santo: estava a fazer um gamelo para o cão e saiu-lhe uma viola.»
Lisboa, Primavera de 1957 Aquilino Ribeiro

Sintra blogue disse...

Nas minhas deambulações em Sintra costumo passar muitas vezes diante da casa onde morou Francisco Costa. Tem um poema dele na parede frontal, relativo à casa. Muito bonito por sinal. Tive um amigo que morreu novo (26 ou 27 anos) mais ou menos na altura em que morreu Francisco Costa, em 1986 ou 1987, que gostava muito de conversar com Francisco Costa. Eu, quanto a mim, nunca o conheci. Por curiosidade fui tentar descobrir na internet algo sobre o livro que aqui é mencionado e o seu autor e fiquei ainda com mais curiosidade. Assim que puder vou tentar lê-lo.

R. disse...

Brilhantes, caro Manuel Pinto. Obrigado!

O Francisco Costa foi um romancista de grande técnica, e de influência inglesa, ao contrário da maioria dos colegas, mais bebidos na literatura francesa. É essa técnica, creio eu, que o salva, uma vez que os romances me parecem um pouco ebvelhecidos (digo isto com reserva, pois só li dois). A poesia, curiosamente, me parece ainda bastante forte, apesar do seu antimodernismo, em especial o Pó (1910), Verbo Austero (1925) e a Última Cilheita (1987). Ele morreu em 88. Também não o conheci.