Se fosse americano, provavelmente votaria em branco.
Ou talvez em Kamala Harris, para evitar o manicómio evangélico, que apoia Trump, fanáticos e doidos varridos, na primeira linha contra o direito das mulheres a abortar, que ensinam livremente o criacionismo em escolas ("Deus criou o mundo em seis dias, e ao sétimo descansou."). Por outro lado, Trump tem a seu crédito duas coisas: a administração que liderou não iniciou nenhuma guerra (embora o Irão não tivesse sido atacado por uma unha negra...) e, como tenho dito, multimilionário, Trump pertence à categoria dos que compram presidentes; é suficientemente rico para ser comprado -- embora eu esteja convencido de que ele não tem vergonha nenhuma em beneficiar-se usando o lugar.
A sua política em relação à China foi brutalmente agressiva, mas não creio que vá muito mais além do da de Joe Biden; tal como, em relação à Israel e à Palestina, a sua política não difere em nada, a não ser que por Trump a coisa já estava feita, enquanto que com o actual presidente o massacre é mais lento, à mistura com declarações pias e humanistas. Lágrimas de crocodilo.
Em relação a Kamala, muito mais gira que Trump, é verdade e, supostamente, com uma sensibilidade social que Trump não tem. Mas fica-se por aqui. Não sei nada sobre a política interna americana, nem estou muito interessado. Sei que os democratas estão minados pela corrupção (não sei se mais se menos que os republicanos), que a vigarice interna é tal, que Sanders foi descaradamente roubado nas eleições internas há oito anos em benefício da geena Clinton. E isto sem falar no manicómio woke.
Mas como sou europeu, neste momento prefiro a vitória de Trump, com a esperança de que ele não seja um boneco do complexo militar-industrial americano, e se ponha fino com o Putin. Coisa que os imbecis desta administração não conseguiram, porque os neo-cons que lhes dão umas "lições" de geopolítica e os patrões da indústria de armamento, que lhes pagam, acharam que o Putin não era osso duro de roer, pobres estúpidos.
Putin fará o que quiser e ditará a paz nas suas condições, a não ser que o plano que está por detrás das acções do caquético Biden -- uma guerrazinha na Europa, quiçá, e com os anões do Velho Continente veneradores e obrigados, a servi-lo --, vá em frente com a vitória de Harris, o que também não é certo.
De resto, nada é certo nas eleições americanas; apenas Trump parece perceber que com a Rússia, e em especial com a Rússia de Putin, não se brinca. E, portanto, estou aqui para ver e aplaudir, assim o espero, mais uma derrota dos Estados Unidos -- que os patetas nos querem vender como fonte de virtudes democráticas, mas que, em política externa, não tem passado de coio ou palanque de vulgares bandidos e criminosos de guerra.
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