«Uma noite fria, cortante. Há espadas no luar... Na larga praça, o palácio do governo, branco, tumular espectral, ergue-se, nos meus olhos como uma esfinge. Subo a escadaria, subo, subo muito, subo até D'Annunzio. Corrado Zoli -- o amigo do poeta -- acompanha-me. Eu não o vejo, porém.» António Ferro, O «Século» ouve Gabriel D'Annunzio», O Século, 7-XII-1920) § «Ourém, 13 de Outubro / Ao saltar, após demorada viagem, pelas dezasseis horas de ontem, na estação do Chão de Maçãs, onde se apearam também pessoas religiosas vindas de longes terras para assistir ao "milagre", perguntei, de chofre, a um rapazote do "char-à-bancs" da carreira se já tinha visto a Senhora.» Avelino de Almeida, «Como o sol bailou ao meio-dia em Fátima», O Século, 15-X-1917 § «16 de Março -- Às 7 horas da manhã, a ordenança do capitão I... bate à porta do meu quarto e obriga-me a interromper o sono que principiara meia dúzia de horas antes. Tenho a impressão de que chove. Da rua vem uma luz quase lúgubre -- a luz frouxa e polida das grandes madrugadas de inverno.» Adelino Mendes, «A cidade d'Albert», A Capital, 29-III-1917
In jacinto Baptista e António Valdemar, Repórteres e Reportagens de Primeira Página, vol. II, 1910-1926, Lisboa, Assembleia da República, s.d.
Sem comentários:
Enviar um comentário